Assinatura do contrato para o estudo de viabilidade será durante evento no Clube Recreativo, no dia 08 de fevereiro
Cristiano Pinto Zamboni
Os setores agrícola e industrial do Brasil têm como grande aliado o transporte rodoviário para escoar a produção, fator que muitas vezes encarece o preço final de produtos e interfere na economia de uma região. A busca de baratear e otimizar o transporte de cargas no Brasil tem despertado a atenção das lideranças empresariais ao longo dos anos para a necessidade de investir mais nesse setor que conta com novos projetos de expansão.
Um projeto que merece destaque é a Nova Ferroeste, que tem o traçado ferroviário entre os municípios de Maracaju-MS até Paranaguá-PR. São 1.567 km de extensão ferroviária. O projeto é de Maracaju/MS, Cascavel/PR até Paranaguá/PR. Haverá um ramal de Cascavel a Foz do Iguaçu e outro ramal de Cascavel a Chapecó.
As lideranças políticas e empresariais de Nonoai e região também estão acompanhando essa demanda crescente e trabalham para inserir o estado do Rio Grande do Sul nesse novo ramal. A intenção é ter um ramal entre Chapecó/SC a Passo Fundo/RS.
O Município de Nonoai está figurando com um papel importante nesse contexto porque está ajudando financeiramente para custear o estudo de viabilidade do trecho entre Chapecó a Passo Fundo. O estudo custará R$ 500 mil e será pago em uma soma de esforços entre entidades empresariais, como a Acisa e Fiergs.
O Município de Nonoai, por sua vez, está fazendo um termo de fomento com a Associação Comercial e repassando um recurso de R$ 200 mil para que esse estudo se torne possível. A origem do recurso é de uma emenda Parlamentar Especial, do Senador Luiz Carlos Heinze PP/RS.
Em entrevista, a prefeita Adriane Perin de Oliveira, destaca que o Senador Luiz Carlos, PP/RS, observou esta demanda para a região e confiou no município de Nonoai como parceiro para alavancar o estudo de viabilidade.
De acordo com a prefeita Adriane, não se tem a informação por aonde o ramal ferroviário entrará no estado do Rio Grande do Sul para ocorrer a ligação a Passo Fundo. Essa informação quem trará será o estudo. “Estamos com a expectativa muito positiva porque esse projeto poderá gerar maior desenvolvimento, geração de emprego e renda, conservação de estradas, benefícios para o meio ambiente, além da rapidez e segurança para o transporte de cargas até os portos”.
A prefeita Adriane relata que uma locomotiva com 100 vagões transporta a mesma quantidade de carga igual a 357 caminhões. “O setor produtivo da nossa região poderá ganhar muito com a ferrovia”, argumenta. A prefeita agradece aos prefeitos da região da Amzop, Amau e a Nova Associação de Municípios ligadas à Famurs, pelo apoio ao projeto, às entidades empresariais, por entender a necessidade de gerar mais desenvolvimentos e otimizar o setor logístico na região para escoar a produção de grãos, insumos, produtos das agroindústrias, industrializados e cargas em geral.
No dia 08 de fevereiro, quinta-feira, às 19h, no Clube Recreativo Nonoaiense, acontecerá o Simpósio de Logística e Integração do RS à Nova Ferroeste. Neste momento terá o Painel de Exposição sobre a NOVA FERROESTE e acontecerá a assinatura do EVTEA – Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental do trecho entre Chapecó a Passo Fundo.
Para a presidente da Acisa, Gabriela Mattes Brustolin, a Ferrovia tem sido há muito tempo um elemento vital para o desenvolvimento regional e estadual em muitos países ao redor do mundo. Sua capacidade de transportar grandes volumes de carga de forma eficiente e econômica tem sido fundamental para impulsionar o crescimento econômico e facilitar a integração de regiões distantes e no contexto brasileiro, não é diferente.
Ao investir em ferrovias, os estados e regiões podem se beneficiar de várias maneiras. Primeiramente, a ferrovia oferece uma alternativa de transporte de carga mais barata e ambientalmente sustentável em comparação com o transporte rodoviário. Isso não apenas reduz os custos de logística para as empresas, mas também alivia o congestionamento nas estradas e reduz a emissão de gases de efeito estufa.
Nesse contexto, a decisão da Acisa de Nonoai em aceitar o desafio de gerenciar a contratação e acompanhar os estudos de demanda e viabilidade para uma ferrovia é louvável e estratégica, avalia Gabriela.
Ao assumir esse papel, a Acisa demonstra um compromisso sério com o desenvolvimento econômico da região e do estado como um todo. A missão do movimento pró-ferrovias é promover o desenvolvimento logístico sustentável nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, alinhando e integrando os interesses da classe empresarial e da sociedade. A construção da ferrovia impulsionará o transporte de insumos e produtos acabados para várias indústrias, como alimentos, bebidas, móveis, combustíveis, biocombustíveis, madeira, aço, grãos, construção, têxteis, equipamentos elétricos, cerâmica, fármacos, metalomecânica, plásticos e outros setores.
“Como Acisa, estamos assumindo o desafio em prol do desenvolvimento regional e do Estado do Rio Grande do Sul. Apostamos nesse projeto liderado pelo setor privado, visto que o Rio Grande do Sul tem demanda na agropecuária e em seus insumos. A Ferrovia desempenhará um papel fundamental, especialmente no escoamento de grãos do estado e da região oeste de Santa Catarina”
Através de um projeto de lei aprovado por unanimidade pelo Legislativo de Nonoai, a Prefeitura Municipal repassará uma verba de R$ 200 mil, proveniente de uma emenda parlamentar do Senador Luiz Carlos Heinze, para que a Acisa contrate uma empresa a fim de realizar o estudo de demanda e viabilidade, explica Gabriela Mattes, presidente da Acisa.
O novo traçado, com 1.567 quilômetros, conectará os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá, criando também ramais entre Foz do Iguaçu e Cascavel, e entre Cascavel e Chapecó (SC). Quando a ferrovia estiver concluída, será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país, passando por 66 municípios: 51 no Paraná, oito no Mato Grosso do Sul e sete em Santa Catarina. Neste momento, o Rio Grande do Sul está se integrando ao projeto por meio do estudo de demanda, complementa a presidente da Associação Comercial.
Os próximos passos incluem a formação de um grupo de Governança em nível estadual e a assinatura do contrato com a empresa responsável pelo estudo de viabilidade. Em cinco meses, o estudo estará concluído para análise e definição dos próximos passos.”
Por fim, a presidente da Acisa avalia que a construção de uma ferrovia pode ter um impacto transformador no desenvolvimento regional e estadual, impulsionando o crescimento econômico, criando empregos e melhorando a conectividade e acessibilidade. O envolvimento da Acisa de Nonoai nesse processo é um passo positivo na direção certa e um exemplo inspirador de liderança comunitária e engajamento cívico.
A Nova Ferroeste é o projeto do Governo do Paraná e o novo traçado, com 1.567 quilômetros, vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá, além de criar um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel e entre Chapecó (SC) e Cascavel. O Governo do Paraná levará o projeto a leilão na Bolsa de Valores.
A assinatura do contrato para o estudo de viabilidade do Trecho entre Chapecó e Passo Fundo será feira pela Associação Comercial de Nonoai e a empresa TPF Engenharia.